Bronquiolite

A bronquiolite é uma infecção aguda do sistema respiratório, causada por vírus, que afeta predominantemente os bronquíolos (as menores ramificações dos brônquios). A maioria das crianças acometidas está na faixa etária inferior a 6 meses. Cerca de 10% das crianças desenvolverão bronquiolite no primeiro ano de vida e, destas, cerca de 10% necessitarão de hospitalização em enfermaria ou em unidades de terapia semi-intensiva ou intensiva. A mortalidade em pacientes hospitalizados é de 4% a 7% e atinge 35% em crianças portadoras de doenças cardíacas congênitas. O quadro clínico inicial assemelha-se a um resfriado comum com obstrução nasal, febre baixa, coriza e tosse. No entanto, dependendo da intensidade da inflamação e da obstrução causada pelos vírus nos bronquíolos, pode evoluir rápida e progressivamente para graus variados de falta de ar ou desconforto respiratório.

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A doença dura em média cerca de uma semana, na maioria dos pacientes. A radiografia de tórax mostra sinais de inflamação dos brônquios e bronquíolos e aprisionamento de ar nos pulmões. Em alguns casos pode-se observar atelectasias (áreas de colapso de segmentos ou lobos dos pulmões).

As principais seqüelas que podem ocorrer após a bronquiolite são: a hiperreatividade brônquica pós-infecção viral e a bronquiolite obliterante.

Hiperreatividade brônquica corresponde clinicamente à recorrência de crises de chiado no peito (sibilância) após o episódio de bronquiolite. Os fatores de risco associados ao seu desenvolvimento são: história familiar de alergia e asma, episódio agudo prolongado de bronquiolite e exposição a poluentes e ao fumo no domicílio.

A bronquiolite obliterante é uma complicação rara, sendo considerada uma forma crônica de bronquiolite. As crianças que desenvolvem este processo permanecem com sintomas respiratórios e sinais de obstrução persistente das vias aéreas inferiores caracterizados por chiado contínuo, aumento de secreção pulmonar e queda na taxa de oxigenação do sangue.

O tratamento dos casos leves pode ser realizado no domicílio e consiste de hidratação oral, desobstrução nasal com soluções à base de soro fisiológico, administração de antitérmicos e fisioterapia respiratória quando houver secreção pulmonar.

Fonte: spsp.org.br

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